A próxima etapa só se dá de forma amigável, quando a etapa
atual fica bem resolvida...
Talvez nem todo mundo tenha parado pra pensar sobre isso, e
isso acontece de forma tão natural, que na maioria das vezes nem nos damos
conta. Passamos pela vida buscando coisas, ou desistimos no meio do caminho,
ou, ao conseguir, descobrimos novas coisas pra se buscar.
Vivemos em etapas, amamos em etapas e nos conhecemos em
etapas. É fundamental que passemos por cada uma delas e aceitemos tudo o que elas tem a nos oferecer, umas são incrivelmente mais fáceis e dóceis
que as outras, já outras, nos fazem questão de lembrar amargamente cada
instante que ainda não a superamos completamente.
Hoje, vou me ater às etapas das quais não desistimos, e muito
mais do que a vontade, mas, a NECESSIDADE de seguirmos adiante.
A opção por não desistir de uma etapa não está nenhum pouco
atrelada a questão de facilidade, mas sim, ao custo benefício. Não importa quão
difícil seja um caminho, desde que se tenha em mente o objetivo e se lute por
ele com unhas e dentes! A satisfação da conquista supera qualquer dificuldade
que se encontra no meio.
No caso de uma vida a dois, (e lá vou eu falar sobre o amor
de novo)... as etapas são fundamentais, e são alicerçadas nas etapas anteriores
e no desejo de se construir novas etapas. Ninguém se depara com um grande amor
de repente, a convivência precisa ser trabalhada, e uma boa amizade e uma
atração podem vir a ser amor. Uma vez frente ao amor, as coisas se dão de forma ainda mais
engraçadas: o tempo vai passando, as etapas vão se desfazendo e vão se transformando
em novas outras etapas... Quando nos damos conta, somos portadores de um amor
que por mais intenso, mais imensurável, mais indescritível que seja, ainda
assim, cabe dentro da gente.
E de repente, o amor se torna tanto que a gente percebe que
é capaz de amar ainda mais, e é nessa hora que a gente nota que a etapa atual
já não nos cabe mais e é preciso passar pra próxima etapa. O engraçado sobre o
amor é que quanto à gente mais dá, mais a gente recebe. A gente se doa com a
certeza de que seremos supridos por meio dele também. Em casos de etapas ininterruptas
e contínuas, o amor não se acaba, pelo contrário, se renova, e anseia por novas
etapas.
Em caso extremo, o amor se multiplica e então, nos deparamos
com a forma mais concreta do amor: um menino ou uma menina, gêmeos, casais... O
amor se multiplica! Transforma-se em Júlias, Cecílias, Bernardos, Felipes... Porém,
essa não é a última etapa do amor, pelo contrário, a primeira de novas etapas
que requerem novas formas de resolução e enfrentamento.
De todos os campos de nossa vida, o amor é os que nos
presenteia com etapas mais prazerosas em sua totalidade, porque as dificuldades e as incertezas são compensadas não somente com um final feliz, mas, com a ânsia
por novas etapas que constituem as nossas vidas ao mesmo tempo que as
constituímos: sem se perder, sem negativar... se doar, doar, doar, e sempre se
sentir imerso em um amor que, mesmo por maior que seja, cabe dentro da gente.
Como não amar, como não se viciar!
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