quarta-feira, 2 de julho de 2014

Julho

Durante muito tempo me dediquei a venerar o verão, o sol e o calor que ele me proporcionava e por mais que a noite chegasse acompanhada de um calor estonteante, não há sol que esquente um mesmo lugar por 24 horas e aos poucos eu era tomada por um frio que vinha de dentro e ficava por ali mesmo... Por mais que eu soubesse que o sol brilharia no outro dia, essa certeza vinha acompanhada de outra certeza: a noite viria outra vez, e eu seria tomada por várias outras gélidas sensações.
Engraçado como tudo na vida muda, as coisas trocam de lugar, se refazem, reinventam e dão lugares a novas turbilhões de sensações, experiências, conhecimentos e certezas: hoje o frio já não é mais frio.
Quando me dei conta, pude perceber que nesses últimos anos o inverno se tornou sinônimo de filmes, pães de queijo, pães de alho e uma infindável variedade de sucos. Sinônimos de cebolas empanadas servidas em um restaurante bem legal, ou de shows que mesmo que me literalmente me façam esquecer a época fria do ano, me lembram de uma forma bem gentil no longo caminho de volta para casa, mas graças à um cd no rádio do carro e muitas risadas, me esqueço outra vez.
Talvez esse seja apenas mais um mês de julho com dias quentes que me façam esquecer do inverno, ou talvez seja mais um mês de julho com dias frios que também me façam esquecer do inverno, mas, uma coisa é certa: já faz algum tempo que adquiri um carinho especial pelo mês, um carinho especial pelo frio (que quase sempre passa despercebido) e um carinho especial pela vida!

Um comentário:

  1. realmente assim como em.todos os outros invernos esse sera cinzento... mas por mais um ano vou ter o sol dentro de casa toda vez que te fizer sorrir....

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